Tratamento de Água da Piscina e Casa de Máquinas
Selecionei 10 dicas importantes sobre Tratamento de Água da Piscina e Casa de Máquinas. Veja abaixo algumas das propostas e, para mais informações acesse outros artigos do blog.
Fica também a sugestão do meu livro Piscinas Litro a Litro e das minhas consultorias para condomínios, clubes, hotéis, academias, entre outros estabelecimentos com piscinas de grande uso.

Tratamento de Água da Piscina e Casa de Máquinas
1- A retrolavagem mais constante vai melhorar muito a qualidade da água no tocante a eliminação de cloraminas e total de sólidos dissolvidos.
Na Europa e mesmo em alguns Estados Americanos, em piscinas comerciais, deve-se jogar fora 30 litros de água por nadador por dia.
À medida que o filtro vai adquirindo sujeira, ele melhora a qualidade de filtração (filtra partículas menores) mas, como desvantagem, diminui a vazão de filtração (recirculação). Normalmente quando de um único manômetro, faz-se a retrolavagem quando ele indica um aumento de pressão de 8 libras por polegada quadrada.
2- Depois da aspiração, deve-se colocar novamente o plugue de fechamento da tubulação de aspiração.
A nova ABNT NBR 10339 especifica um plugue de aspiração, onde existe uma tampa com mola.
Dessa forma, ao colocar a mangueira abre-se a tampa e, depois de retirá-la, a tampa automaticamente se fecha pela ação da mola.
O objetivo é evitar o esquecimento do operador da piscina de colocar novamente o plugue no bocal de aspiração.
3- Sequência da limpeza física:
Limpeza da superfície, limpeza da borda, esfregação das paredes e, finalmente, aspiração, filtrando ou drenando.
É lógico que muita sujeira não vai para o fundo, permanece no meio líquido e acaba no filtro.
4- Para a limpeza da borda, prefiro usar dois baldes.
O primeiro, com a solução de limpa borda.
O segundo, apenas para espremer a água com sujeira, evitando assim que ela volte pra piscina.
5- Quanto ao teste de cloro e pH, o método OTO está ultrapassado, pois mede cloro total e não cloro total e cloro livre.
O correto é testar cloro pelo método DPD difícil de encontrar nas casas de piscinas no Brasil.
Porém para piscinas residenciais o método OTO funciona.

6- Nos testes de cloro e pH deve-se usar a bisnaga na posição vertical, porque quando inclinada o tamanho da gota será menor.
Também, para evitar eletricidade estática no bico da bisnaga, deve-se passar um papel de enxugar mão ou um pano. Caso contrário o tamanho da gota pode ser diferente.
7- Preparação do cloro (Hipocloríto de cálcio ou dicloro) - o correto é encher o balde com água da piscina e depois colocar o cloro, por questão de segurança.
8- Casa de máquinas – é importante pintar as tubulações de cores diferentes de acordo com sua finalidade, colocando flechas na direção da água, numerando os registros, codificando equipamentos, como filtro e bomba.
Por fim, afixar um quadro com diagrama explicando todas as operações.
Lógico que esta sugestão se presta mais para piscinas públicas ou semi-públicas. 9- Depois da retrolavagem, o ideal é fazer o enxaguamento para que não volte resto de sujeira para a piscina. As válvulas de seis vias possibilitam esta operação. 10- Cuidado com válvulas de multivias de baixa qualidade. Esta baixa qualidade pode permitir a saída de água pelo esgoto mesmo quando a alavanca está na posição filtrar.
A primeira providência é verificar se, pelo visor de retrolavagem, está passando água.
O registro de esgoto, em princípio, é desnecessário, mas deve ser usado só para evitar defeitos nas válvulas multivias.

Nilson Maierá
Engenheiro químico, consultor especialista, há mais de três décadas, em projetos, qualidade, manutenção e segurança de piscinas.
Autor do livro “Piscinas Litro a Litro”.
Palestrante sobre diversos assuntos relacionados a piscinas de grande porte, utilizadas por público variado.
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