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Análises físico-químicas e microbiológicas em piscinas

Nesse artigo falaremos sobre Análises físico-químicas e microbiológicas em piscinas. É importante utilizar alguns critérios na coleta das amostras.

Análise dos parâmetros físico-químicos


A coleta das amostras devem ser feitas, sempre no mesmo lugar, num local distante dos bocais de retorno e a uma profundidade média de 30 a 45 cm do nível da água.


No caso de piscinas maiores é recomendável retirar a amostras em vários pontos.


A menos que especificado em contrário, os testes devem ser feitos imediatamente.


As amostras devem ser representativas das condições de toda a piscina.


Por exemplo, a água da superfície é atípica, porque interage com o ar ambiente, onde a evaporação acontece e onde óleos e sujeira flutuam.


A água proveniente dos bocais de retorno também é atípica, assim como a água de preenchimento e de alimentadores de produtos químicos.


Nestes locais, as concentrações são diferentes da piscina como um todo, porque não receberam a mistura da própria água contida no tanque.


Uma amostra representativa é obtida no meio da piscina ou em uma média da parte rasa e da parte profunda.


A análise físico-química deve ser sempre feita de acordo com a lei ou com o bom senso e, no caso de correções, é ideal esperar, no mínimo, um ciclo de filtração para verificar a correção adequada do parâmetro físico-químico.


Análise microbiológica


As pessoas que coletam as amostras devem ser treinadas e certificadas para o uso de técnicas assépticas.


Os testes microbiológicos devem ser feitos por laboratórios certificados.


Nessas amostras é importante que não haja declínio ou aumento no número de micro-organismos durante o transporte para o laboratório.


Elas devem ser colhidas em recipiente estéril e a técnica de assepsia deve ser observada durante o tempo da amostragem.


Uma parte desta técnica leva em conta que o interior do frasco coletor e a tampa nunca devem ser tocados, pois de outra maneira haveria contaminação.


São indicados recipientes com 250 ml ou 500 ml.


Um traço de tiosulfato de sódio deve ser adicionado nos recipientes como neutralizador de cloro.


As amostras devem ser coletadas durante o período de maior carga de banhistas. Pois precisam ser representativas do universo onde foram colhidas.


Uma vez coletadas é, igualmente, importante que sejam enviadas ao laboratório de maneira que não se alterem em relação às condições da piscina no tempo da coleta.


O ideal é que as mesmas sejam examinadas logo após sua obtenção. Porém, quando houver demora para a realização da análise, precisam ser mantidas a uma temperatura entre 0°C e 10°C.


Portanto, deve-se evitar a contaminação da amostra durante e após a coleta.


ATENÇÃO

As amostras microbiológicas devem ser coletadas antes das amostras químicas para evitar contaminação acidental.


É importante que a água da piscina seja testada quimicamente logo após a amostragem microbiológica, para se obter resultados mais significativos na interpretação de sua correlação.


Análise química de cloro livre, pH, alcalinidade total e temperatura devem ser feitas imediatamente após a coleta biológica.


A profundidade normal da retirada da amostra é de 450 mm.


O frasco coletor não deve ser lavado antes da amostragem tanto para determinar a concentração de cloro, quanto para não eliminar o tiosulfato de sódio presente.


Lembrando que a função do tiosulfato é neutralizar o cloro na água da amostra, evitando assim sua ação até o início do teste.


Nilson Maierá

Engenheiro químico, consultor especialista, há mais de três décadas, em projetos, qualidade, manutenção e segurança de piscinas.


Autor do livro “Piscinas Litro a Litro”.


Palestrante sobre diversos assuntos relacionados a piscinas de grande porte, utilizadas por público variado.


Contato

Para palestras ou consultorias com Nilson Maierá envie e-mail para nmaiera@terra.com.br ou contate pelos telefones (011) 98965-6197 / (011) 5081-2768


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