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Piscinas cobertas controle da umidade relativa

Em artigos anteriores falei sobre Condições Ideais para piscinas cobertas e Piscinas cobertas - cálculo da quantidade da massa de água evaporada. Hoje, continuamos com o assunto, tratando de Piscinas cobertas controle da umidade relativa.

Piscinas cobertas controle da umidade relativa

Piscinas cobertas controle da umidade relativa

O problema das piscinas cobertas está sempre relacionado à umidade relativa alta no seu interior; porém sua diminuição pode ser feita de várias maneiras.


Algumas delas, apresentam também soluções para a temperatura e poluição do ambiente da piscina.


Cabe lembrar que, parte do calor perdido na evaporação pode ser recuperado e sua recuperação será tanto maior, quanto maior for o investimento, como veremos adiante.


1-Introdução de ar novo

Simultaneamente a introdução de ar novo se faz a exaustão de ar úmido da piscina.


O ar novo vem do ambiente externo, que no inverno possui umidade relativa inferior (quase sempre) ao do interior da piscina coberta.


Apresenta como desvantagem, o alto custo operacional, devido à necessidade de aquecimento do ar frio introduzido, principalmente no inverno.


Um trocador de calor entre o ar quente que está sendo exaurido e o ar frio introduzido, diminui a perda de calor pela recuperação do calor sensível, porém não recupera a perda do calor latente de evaporação.


No verão, o ar, geralmente, está mais quente que o da piscina, porém sua umidade poderá ser maior, o que é um outro fator de desvantagem.


Apesar desse tipo de controle da umidade ter alto custo operacional, ele promove uma troca de ar no ambiente da piscina por um ar externo de melhor qualidade.


2-Climatizadores

Eles podem se apresentar nas mais diversas configurações, desde as mais simples até as mais sofisticadas com variadas finalidades.


Porém, todas as configurações se baseiam no ciclo de refrigeração, recuperando grande parte do calor sensível e latente.


Sendo também necessário um aquecimento adicional para as perdas de calor através das janelas e paredes, além das provenientes da troca do ar do ambiente da piscina.


2A -Climatizadores simples

Na realidade, esses climatizadores possuem uma função principal, que é manter a umidade no intervalo especificado de 50 a 60%.


Um umidostato no interior do recinto da piscina é responsável pelo acionamento do aparelho.


Esses climatizadores são simplesmente desumidificadores que, afixados nas paredes do recinto da piscina, interna ou externamente, aproveitam o calor latente de liquefação da água. Aspiram o ar úmido e quente pela parte de baixo do aparelho e jogam o ar quente e seco pela parte de cima.


Nesses desumidificadores não há sistemas de dutos para distribuir o ar seco, tornando deficitária a distribuição da umidade relativa do ar no recinto da piscina. Também não possuem mecanismo para introduzir ar externo quando necessário.


Esta solução de baixo investimento apresenta somente vantagem econômica em relação a simples troca de ar com o meio ambiente.


2B-Climatizadores sofisticados


São bombas térmicas especiais, situadas no interior do recinto da piscina ou próximas a ela.


Ao mesmo tempo que eliminam parte da umidade do ar, aproveitam o seu calor latente de liquefação e, juntamente com o uso de energia elétrica adicional, aquecem o ar ambiente e/ou a água da piscina.


É uma solução de alto investimento, não só devido ao grau de sofisticação dos equipamentos, como também pelo conjunto de dutos que se estendem ao longo das paredes da piscina.


Porém, apresentam a grande vantagem de uma economia de energia entre 25 a 50%, quando comparado aos climatizadores simples.


Equipamentos mais sofisticados apresentam termostatos na água da piscina e no ar ambiente, além de umidostatos e controlador de ponto de orvalho no ar ambiente.


De acordo com as necessidades, o equipamento pode privilegiar o aquecimento da água da piscina ou do ar ambiente e também introduzir ar novo quando as condições forem favoráveis.


Pode ainda, ter um programador de tempo para desligar o equipamento à noite (geralmente inverno) para que ele trabalhe mais durante o dia, resultando em mais economia.


Resistências elétricas suplementares colocadas na entrada dos dutos de insuflação de ar entram em ação quando o equipamento não consegue, por si só, aquecer o ar ambiente.

Nilson Maierá

Engenheiro químico, consultor especialista, há mais de três décadas, em projetos, qualidade, manutenção e segurança de piscinas.


Autor do livro “Piscinas Litro a Litro”.


Palestrante sobre diversos assuntos relacionados a piscinas de grande porte, utilizadas por público variado.


Contato

Para palestras ou consultorias com Nilson Maierá envie e-mail para nmaiera@terra.com.br ou contate pelos telefones (011) 98965-6197 / (011) 5081-2768



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